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Medal Of Honor Frontline

Medal Of Honor Frontline


Introdução

Impressionante como alguns jogos conseguem recriar cenários históricos do nosso planeta Terra, e o mais impressionante é como eles conseguem fazer a gente viver realmente determinados eventos que ficarão marcados eternamente dentro da história mundial. Assim ocorre com Medal of Honor: Frontline, o 4º jogo da série Medal of Honor (já que os 2 primeiros episódios foram lançados para o Playstation e o 3º foi lançado para o PC). No "filme" você encarna o papel de um jovem tenente americano chamado Jimmy Patterson, voluntário do exército Aliado que luta contra a Alemanha Nazista, na impressionante Segunda Guerra Mundial. Jimmy é um velho conhecido daqueles que acompanham a série desde os seu primórdios, já que ele também protagonizou o primeiro Medal of Honor. E as ligações entre Frontline e os jogos anteriores não param por aí, já que temos diversas citações de personagens passados, como Manon, a heroína do 2º episódio.

>Logo no início temos um dos pontos altos do jogo: o desembarque do exército Aliado na costa da Normândia, mais conhecido como o "dia D". É impressionante como a realidade está presente nessa cena. Temos diversos embarcações se dirigindo para a praia, e em uma delas está você. Nesse ponto podemos movimentar a cabeça de Jimmy nos permitindo olhar todo o cenário ao redor. Ao mesmo tempo em que vemos caças alemães passando por cima da gente mandando bala, prestamos atenção � s ordens do nosso comandante, posicionado na parte da frente da embarcação. Olhamos para os lados e vemos tiros adentrando a água; logo uma embarcação é atingida e explode. O soldado ao seu lado faz sinal da cruz. Quando chegamos perto da areia, pronto para saltarmos e nadarmos o percurso restante, nosso barco é atingido. Todos são lançados para o mar. Automaticamente nadamos em direção � terra firme; nesse percurso podemos ver alguns soldados aliados serem atingidos embaixo da água. Ao sair da água, milhares de balas passam zunindo � sua cabeça. À sua frente há dois bunkers (edificações armada até os dentes) e centenas de soldados aliados.

Essa cena é realmente maravilhosa pois são realmente centenas de soldados partindo para cima dos inimigos, atirando, pedindo ajuda, dando cobertura. Só mesmo jogando para sentir a realidade saltar da tela da sua TV. Alguém disse "O Resgate do Soldado Ryan" por aí? Errr…

Gráficos

Os gráficos do jogo são muito bem renderizados, possiblitando vermos os mínimos detalhes em cada cena que focalizamos. Por exemplo, no decorrer do jogo nos deparamos com exércitos de vários outros países e como os reconhecemos? Simples, basta olharmos os uniformes. Cada país possui seu próprio uniforme, com a camuflagem, símbolos e cores diferentes. Outro exemplo é quando olhamos nos muros de concreto espalhados pelos cenários; podemos ver diversas rachaduras e quando desferimos um tiro o buraco de bala fica marcado exatamente corresponde à arma utilizada. Se acertamos o muro com uma pistola Colt 45 o buraco correspondente à bala será diferente se acertamos o muro com um rifle M1 Garand. O fogo é outro exemplo de como os gráficos estão arrasadores. É o fogo mais real já mostrado em um jogo, com certeza. As labaredas sobem e descem com uma incrível naturalidade e os tons de vermelho, laranja e amarelo não poderiam estar melhores.

Outro detalhe muito bom é que cada soldado, seja aliado ou inimigo, possui seu próprio rosto. Não há aquela repetição desenfreada de rostos e skins que vemos em muitos jogos do estilo por aí afora. Assim temos também as armas muito bem detalhadas e realistas. Para aqueles que conhecem um pouco sobre armas de fogo dá para reconhecê-las só de olhar as mãos dos soldados inimigos as empunhando. Isso é claro, sem falar no efeitos de recúo que cada arma pode proporcionar, muito bem produzidas e reais. Experimente atirar com um Rifle de grande propulsão para saber do que estou falando.

O cenário é outro primor. Aliás, um dos grandes trunfos de Frontline é o rico e diversificado cenário. As missões se passam nos mais variados lugares, que vão desde a praia da Normândia, como no início, passando por vilas, planícies, cidades, pontes, cavernas, e até dentro de um submarino. Além do mais elas são muito bem elaboradas e muitas vezes podemos seguir por caminhos secundários para chegar até um determinado lugar. Atravessar uma casa ao invés de seguir pela rua em uma cidade pode ser essencial para a sua sobrevivência, diferentemente dos jogos anteriores da série.

Som

Outro ponto impecável em Frontline é a trilha sonora. Por hora assustadora, por outra emocionante. Primeiramente, logo no menu inicial temos a maravilhosa música do filme, já citado acima, "O Resgate do Soldado Ryan", de Steven Spielberg. E ela não poderia se encaixar melhor no jogo! É simplesmente de arrepiar os pelinhos do braço quando esse hino chega ao seu ápice. E mais emocionte ainda é que a missão de número 5 possui exatamente essa trilha de fundo, enquanto as demais alternam entre algumas outras sinfônias, também muito bem produzidas. A música é um fator importantíssimo para o clima de horror e ação do jogo.

Passando da música para os efeitos sonoros temos um dos mais perfeitos, senão o mais perfeito, conjunto de efeitos para um jogo de guerra. Só para iniciar, o barulho que as armas emitem a cada clique no joystick são realmente reais. Cada arma possui seu próprio som: um rifle possui um som mais seco e forte; uma metralhadora possui um som mais baixo que as demais armas e mais contínuo (claro!); uma pistola com silenciador só emite o som da bala zunindo até o alvo. Aliás, as balas que passam zunindo ao seu lado são realmente assustadoras. O som dos veículos também são impressionantes.

Experimente ficar ao lado de um tanque Panzer alemão correndo em círculos para sentir o drama do canhão se movimentando. É demais! Assim como as explosões, como no caso quando uma granada é lançada, e também os passos dos soldados. Todos os sons são de uma realidade incrível.

Além dos barulhos de tiros, explosões e veículos, como uma verdadeira guerra, em determinados momentos do jogo os soldados falam. Sim, eles falam realmente e não emitem só grunhidos. O mais interessante é que cada soldado fala a sua língua de origem. Por exemplo, os alemães só falam em alemão, corretamente legendado em inglês na parte inferior da tela. É claro que as falas são meros detalhes, sem a necessidade de as entendermos para dar prosseguimento � s missões, mas que trás mais realismo para a "película". Infelizmente, nem tudo é legendado. No meio de cada missão há um "briefing", ou seja, uma breve explicação sobre a situação que se encontra a Grande Guerra. O entedimento dessa explicação não importa no seguimento do jogo, mas é muito bom para incorporar o espírito guerrilheiro.

Jogabilidade…

Infelizmente, um ponto que não chega a ser fraco mas que afeta o jogo inicialmente é o controle. Além dele ser complicado para aqueles que não estão acostumados com o Playstation 2, principalmente no que se diz respeito a movimentação do personagem, há muitos comandos para serem executados. O botão analógico da esquerda, por exemplo, movimenta Jimmy para frente e para trás, além de virá-lo para esquerda e direta, enquanto que o botão analógico da direita movimenta o corpo de Jimmy para cima e para baixo. É claro que o joystick pode ser modificado mas a dificuldade só diminuirá mesmo depois de alguns minutos jogando. Se você não tem o costume de mirar em jogos de tiro pode se acostumando. A mira se torna um fator fundamental para que você não morra, porque pode apostar que os seus inimigos sabem mirar. Como nos jogos anteriores da série, um único tiro na cabeça mata instantâneamente.

Entre as ações do personagem temos a de atirar, mirar, recarregar a arma empunhada, trocar de arma, abaixar, rasteijar e pular. Podemos também lançar granadas, subir em escadas, abrir portas, utilizar armas contidas no cenário (como as metralhadoras fixas de grande propulsão que podem destronar um tanque com apenas algumas rajadas), enfim, tudo isso graças ao botão "action" que permite a interação de Jimmy com o cenário. Até aqui temos os mesmos comandos dos jogos anteriores da série.

A única diferença mesmo fica por conta da dificuldade de movimentação do personagem e também de um novo comando que consiste em bater nos inimigos com a arma. Esse novo comando se torna bastante útil quando o inimigo está ao seu lado, já que é mais fácil bater nele rapidamente com a arma do que mirar e depois atirar. Normalmente uma punhalada só já basta, mas há casos em que duas são necessárias. Além do mais é super emocionante sair correndo em direção ao soldado inimigo, desviando dos tiros, só para acertar a carabina na cabeça dele.

Outro ponto super importante é a Inteligência Artificial. No nível médio e difícil ela está perfeita, mas no nível fácil há algumas falhas (ou seria boiada demais?). Por exemplo, quando temos dois soldados de costas para nós e atiramos em um deles, matando-o instantâneamente, o outro soldado não percebe, principalmente se você estava usando um sniper rifle. Já nos demais níveis isso não ocorre. Por outro lado, quando algum soldado inimigo te avista, ele corre em sua direção procurando um melhor ângulo para te atingir. Como se não bastasse, ele se protege atrás de muros, barris, balcões, enfim, o que estiver disponível. Em alguns casos ele grita para que outros soldados venham ajudar. Em determinados momentos do jogo temos que nos disfarçar para podermos passar pelos guardas alemães. Ao ser questionado, basta mostrar a indentidade falsa. A interação que temos com os simpatizantes dos Aliados é bem restrita. Em uma das missões temos que subir em cima de uma caminhonete, dirigida por um simpatizante, que nos leva � determinados pontos de alguma cidade. É claro que sempre temos que descer para acabar com um punhado de alemães que insistem em barrar a nossa passagem.

O jogo possui 6 missões divididas em submissões. Cada submissão possui um conjunto de objetivos que precisam ser completados para passarmos para outra missão. Resgatar um soldado, destruir algum equipamento de comunicação, sabotar algum veículo e desarmar algumas bombas são apenas alguns exemplos. No início de cada submissão temos em nossas mãos uma correspondência relatando os nossos objetivos.

Um bom conhecimento de inglês é interessante, mas não essencial, já que com um dicionário em mãos os objetivos ficam claros para aqueles que não entendem nada dessa língua. No início e no fim de cada missão, um filme real, em preto e branco, é passado para nós. Cada filme tem a duração média de 1 minuto e retrata os acontecimentos da época em que nos encontramos durante o jogo. Isso quer dizer que cada missão possui uma data diferente, separada por dias ou até por meses uma da outra.

Com relação ao arsenal, há mais de 20 tipos de armas. Temos desde a Colt 45, passando pelo Springfiled Sniper Rifle, o Panzerschreck Rocket Launcher, o Browning Automatic Rifle, até granadas de mão muito eficaz contra tanques. Enfim, o extenso arsenal e a variedade de veículos apresentados nesse jogo faz com que ele contenha uma realidade acima da média dos jogos do estilo.

Diversão

Sem dúvida alguma Medal of Honor: Frontline é um dos melhores jogos de Playstation 2 no mercado. O enredo e o cenário é de dar nos nervos de tão real, a jogabilidade é avassaladora e promete horas de diversão. Você precisa sentir o drama que é mirar com um rifle na cabeça de um soldado inimigo e disparar o tiro mortal, ou então rastejar até um outro soldado e dar-lhe com a coroa da arma na cabeça, ou talvez lançar uma granada em cima daquele tanque Panzer. Enfim, sinta-se um verdadeiro soldado em meio a guerra. Já é um clássico.